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Cerca de 100 técnicos da Emater, que atenderão os produtores de soja na
próxima safra de verão, em todo o Estado, estarão de terça a
quinta-feira da próxima semana (27 a 29) na sede da Embrapa, em Londrina
(Norte). Eles participarão de uma reunião de planejamento das ações a
serem realizadas e receberão capacitação para orientar os sojicultores
em boas práticas agrícolas.
O trabalho tem o apoio da Embrapa e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). No primeiro dia, o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, fará o lançamento da publicação que traz os resultados do trabalho de manejo integrado de pragas realizado na última safra de soja no Paraná.
Segundo o engenheiro agrônomo Nelson Harger, coordenador estadual do projeto Grãos, da Emater, a preocupação é ajudar o sojicultor a desenvolver uma agricultura competitiva, moderna e sustentável, com ótimo resultado econômico e ambiental. "Queremos que o produtor ganhe mais dinheiro, cuidando do meio ambiente e das pessoas que lidam com sua lavoura. Para isso, vamos debater, com o apoio de colegas especialistas da Emater e também com pesquisadores da Embrapa e Iapar, soluções técnicas que podem ser aplicadas e que racionalizem o uso de agrotóxicos e evitem a degradação dos solos", explica Harger.
MANEJO INTEGRADO - Para evitar o uso desnecessário de venenos para o controle de pragas, os extensionistas da Emater e os produtores devem contar com uma ferramenta técnica conhecida como Manejo Integrado de Pragas. "É uma solução desenvolvida há anos pela Embrapa e que estava esquecida. Nos últimos três anos, com a parceria do próprio órgão de pesquisa, a Emater retomou esse trabalho com a colaboração de cerca de 160 sojicultores em todo o Estado. Os resultados foram surpreendentes e o Paraná passou a condição de referência nacional na aplicação dessa tecnologia. Reconhecimento feito pela Embrapa e também por outros órgãos oficiais de assistência técnica e pesquisa agrícola", disse Nelson Harger.
O agrônomo da Emater conta que os sojicultores atendidos diminuíram em 55% o volume de veneno aplicado sobre as plantações de soja na última safra colhida. Eles também conseguiram, na média, retardar em 30 dias a entrada na lavoura para fazer a primeira aplicação de agrotóxicos. "Isto aconteceu lá pelos 66 dias depois da germinação da cultura, quando a planta já estava na fase de enchimento dos grãos". Os produtores paranaenses fazem, em média, cinco aplicações de venenos por safra para fazer o controle de pragas na cultura da soja.
Para alcançar esse resultado, destaca Harger, a estratégia é o produtor fazer o monitoramento frequente de sua lavoura. "Consiste em visitar vários pontos da plantação e fazer a identificação de todos os insetos presentes, sejam eles pragas ou inimigos naturais dessas mesmas pragas. O produtor faz a identificação e a contagem deles. Avalia, ainda, o nível de estrago já feito sobre as plantas para só depois disso, com a ajuda de um profissional técnico, decidir se realiza ou não o tratamento".
USO DESNECESSÁRIO - Para o agrônomo da Emater, a medida evita o uso desnecessário de venenos e o consequente desequilíbrio natural na área tratada. "É que, quando o produtor lança mão de uma ferramenta química para eliminar uma lagarta, por exemplo, ele destrói ao mesmo tempo o inimigo natural dessa praga. Sem o seu predador, na sequência, essa mesma lagarta encontra campo livre para promover uma nova infestação. E a situação entra num círculo vicioso. Quanto mais veneno, mais desequilíbrio e a necessidade sempre de novas aplicações".
Em situações que exigem o tratamento para evitar o comprometimento da colheita, os técnicos da Emater fazem a opção sempre por produtos menos agressivos ao meio, mais seletivos, que matam o inseto praga e deixam vivos os seus predadores. "É importante, além disso, o cuidado para que a aplicação seja bem feita, que o produto não sofra deriva, acerte de fato o alvo, e não seja carregado para fora da lavoura atingindo propriedades vizinhas, rios ou matas. Por isso, os produtores são treinados para escolher o equipamento de aplicação certo, regular adequadamente esse pulverizador e realizar o tratamento em condições de tempo favoráveis, sem muito vento e nas horas mais frescas do dia", diz Harger.
PLANTE SEU FUTURO - O trabalho de manejo integrado de pragas faz parte das ações programadas pela campanha Plante seu Futuro, que a Secretaria de Estado da Agricultura realiza em todo o Paraná através dos órgãos que formam o Sistema Estadual de Agricultura (Iapar, Emater, Adapar e CPRA) e dezenas de outras organizações parceiras, como a Faep/Senar, Ocepar, cooperativas e prefeituras.
Para essa safra, os técnicos da Emater vão utilizar as unidades de referência para ampliar a aplicação de práticas que podem contribuir com o desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável. Entre essas soluções estão, ainda, o Manejo integrado de doenças, o Manejo integrado de solos e água e o Cuidado para a aplicação correta dos agrotóxicos.
COLABORADORES - Os sojicultores colaboradores do projeto plantaram na última safra cerca de 8 mil hectares com a cultura da soja. Essas lavouras foram consideradas referência técnica e usadas pelos extensionistas da Emater e pesquisadores da Embrapa para mostrar para outros produtores do município ou região a eficiência, segurança e vantagens da tecnologia de Manejo integrado de pragas e para capacitar demais profissionais da área agronômica que têm atuação em departamentos técnicos de prefeituras, cooperativas ou empresas de planejamento agropecuário.
O trabalho tem o apoio da Embrapa e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). No primeiro dia, o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, fará o lançamento da publicação que traz os resultados do trabalho de manejo integrado de pragas realizado na última safra de soja no Paraná.
Segundo o engenheiro agrônomo Nelson Harger, coordenador estadual do projeto Grãos, da Emater, a preocupação é ajudar o sojicultor a desenvolver uma agricultura competitiva, moderna e sustentável, com ótimo resultado econômico e ambiental. "Queremos que o produtor ganhe mais dinheiro, cuidando do meio ambiente e das pessoas que lidam com sua lavoura. Para isso, vamos debater, com o apoio de colegas especialistas da Emater e também com pesquisadores da Embrapa e Iapar, soluções técnicas que podem ser aplicadas e que racionalizem o uso de agrotóxicos e evitem a degradação dos solos", explica Harger.
MANEJO INTEGRADO - Para evitar o uso desnecessário de venenos para o controle de pragas, os extensionistas da Emater e os produtores devem contar com uma ferramenta técnica conhecida como Manejo Integrado de Pragas. "É uma solução desenvolvida há anos pela Embrapa e que estava esquecida. Nos últimos três anos, com a parceria do próprio órgão de pesquisa, a Emater retomou esse trabalho com a colaboração de cerca de 160 sojicultores em todo o Estado. Os resultados foram surpreendentes e o Paraná passou a condição de referência nacional na aplicação dessa tecnologia. Reconhecimento feito pela Embrapa e também por outros órgãos oficiais de assistência técnica e pesquisa agrícola", disse Nelson Harger.
O agrônomo da Emater conta que os sojicultores atendidos diminuíram em 55% o volume de veneno aplicado sobre as plantações de soja na última safra colhida. Eles também conseguiram, na média, retardar em 30 dias a entrada na lavoura para fazer a primeira aplicação de agrotóxicos. "Isto aconteceu lá pelos 66 dias depois da germinação da cultura, quando a planta já estava na fase de enchimento dos grãos". Os produtores paranaenses fazem, em média, cinco aplicações de venenos por safra para fazer o controle de pragas na cultura da soja.
Para alcançar esse resultado, destaca Harger, a estratégia é o produtor fazer o monitoramento frequente de sua lavoura. "Consiste em visitar vários pontos da plantação e fazer a identificação de todos os insetos presentes, sejam eles pragas ou inimigos naturais dessas mesmas pragas. O produtor faz a identificação e a contagem deles. Avalia, ainda, o nível de estrago já feito sobre as plantas para só depois disso, com a ajuda de um profissional técnico, decidir se realiza ou não o tratamento".
USO DESNECESSÁRIO - Para o agrônomo da Emater, a medida evita o uso desnecessário de venenos e o consequente desequilíbrio natural na área tratada. "É que, quando o produtor lança mão de uma ferramenta química para eliminar uma lagarta, por exemplo, ele destrói ao mesmo tempo o inimigo natural dessa praga. Sem o seu predador, na sequência, essa mesma lagarta encontra campo livre para promover uma nova infestação. E a situação entra num círculo vicioso. Quanto mais veneno, mais desequilíbrio e a necessidade sempre de novas aplicações".
Em situações que exigem o tratamento para evitar o comprometimento da colheita, os técnicos da Emater fazem a opção sempre por produtos menos agressivos ao meio, mais seletivos, que matam o inseto praga e deixam vivos os seus predadores. "É importante, além disso, o cuidado para que a aplicação seja bem feita, que o produto não sofra deriva, acerte de fato o alvo, e não seja carregado para fora da lavoura atingindo propriedades vizinhas, rios ou matas. Por isso, os produtores são treinados para escolher o equipamento de aplicação certo, regular adequadamente esse pulverizador e realizar o tratamento em condições de tempo favoráveis, sem muito vento e nas horas mais frescas do dia", diz Harger.
PLANTE SEU FUTURO - O trabalho de manejo integrado de pragas faz parte das ações programadas pela campanha Plante seu Futuro, que a Secretaria de Estado da Agricultura realiza em todo o Paraná através dos órgãos que formam o Sistema Estadual de Agricultura (Iapar, Emater, Adapar e CPRA) e dezenas de outras organizações parceiras, como a Faep/Senar, Ocepar, cooperativas e prefeituras.
Para essa safra, os técnicos da Emater vão utilizar as unidades de referência para ampliar a aplicação de práticas que podem contribuir com o desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável. Entre essas soluções estão, ainda, o Manejo integrado de doenças, o Manejo integrado de solos e água e o Cuidado para a aplicação correta dos agrotóxicos.
COLABORADORES - Os sojicultores colaboradores do projeto plantaram na última safra cerca de 8 mil hectares com a cultura da soja. Essas lavouras foram consideradas referência técnica e usadas pelos extensionistas da Emater e pesquisadores da Embrapa para mostrar para outros produtores do município ou região a eficiência, segurança e vantagens da tecnologia de Manejo integrado de pragas e para capacitar demais profissionais da área agronômica que têm atuação em departamentos técnicos de prefeituras, cooperativas ou empresas de planejamento agropecuário.
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