quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Pesquisa Datafolha diz que um em cada 3 brasileiros concorda que mulher tem culpa por estupro




Redação com UOL

estupro
Imagem ilustrativa do site delas.ig.com.br

Uma pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública ao Datafolha e divulgada nesta quarta-feira (21) revela que um em cada três brasileiros concorda que a mulher vítima de estupro é, de alguma forma, responsável pela violência sexual sofrida. A pesquisa foi realizada pelo instituto Datafolha e está publicada em reportagem no UOL/Folha.
Dos entrevistados, 30% afirmaram que concordavam com a seguinte afirmação “A mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada”. O percentual foi o mesmo entre homens e mulheres.
Esse índice aumenta entre os idosos e adultos com mais de 35 anos e entre as pessoas com menor grau de escolaridade. O maior percentual de entrevistados que disseram concordar com a frase é da região Norte do país (38%).
Os participantes da pesquisa também foram questionados se concordavam com a frase “Mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”. 37% do total de entrevistados falaram que sim. O percentual foi maior entre os homens (42%) em relação às mulheres (32%).
Segundo a enquete, o índice dos que concordaram foi menor entre os adolescentes e jovens e entre as pessoas com nível maior de estudo. Moradores da região Sul foram as que mais disseram discordam da afirmação (30%).
“O resultado da pesquisa indica que muitas vezes as próprias mulheres ainda são consideradas responsáveis pela violência sexual, seja por não se comportarem “adequadamente” ou por usarem roupas provocantes. Esse pensamento vem de um discurso socialmente construído, o qual considera que se a mulher é vítima de alguma agressão sexual é porque de alguma forma provocou esta situação”, afirma o texto do estudo.
A pesquisa foi realizada com 3.625 pessoas, com 16 anos ou mais, que moram em 217 municípios, entre os dias 1º e 5 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Para ler a reportagem completa, clique aqui

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