Contrariando expectativas, a presidenta Dilma
Rousseff comparecerá ao Congresso Nacional nesta terça-feira (2) para
entregar a mensagem do Executivo durante abertura dos trabalhos
legislativos deste ano. A mudança de planos, feita após o presidente do
Congresso, Renan Calheiros, se encontrar com ela nesta segunda (1º),
representa uma sinalização da presidenta em busca de mais apoio na
Câmara e no Senado.
Na mensagem presidencial, além de destacar
propostas do ajuste fiscal aprovadas em 2015, a presidenta vai pedir
apoio para novas medidas, que na avaliação do governo, são
indispensáveis para a retomada da economia, como a reforma da
previdência e a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF).
Na
semana passada, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse
que havia 90% de chance de ele representar o governo no ato, conforme
praxe. Em geral, os presidentes da República participam da sessão
conjunta do Congresso somente no primeiro ano dos primeiros mandatos.
Além
de derrubar o processo de impeachment, o governo trabalha para aprovar
medidas econômicas que tramitam desde o ano passado, como o retorno da
CPMF e a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU, que
permite o livre remanejamento de parte do Orçamento). O objetivo também é
emplacar projetos anunciados este ano, como a reforma da Previdência.
De
acordo com Jaques Wagner, a presidenta também defenderá na mensagem a
necessidade de ações de mobilização e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e Zika . Segundo o ministro, o impeachment não deve constar no comunicado.
"A
mensagem não toca neste assunto [impeachment]. [Essa] é uma agenda do
Congresso, não da presidenta", afirmou. Na avaliação de governistas e
oposicionistas, os trabalhos do primeiro semestre do
Edição: Fábio Massalli
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