segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Reforço de 80 PMs e monitoramento por câmeras iniciam força-tarefa em Londrina


Grupo Folha
 

Londrina iniciou a semana com o reforço de 80 policiais militares nas ruas. O aumento do efetivo faz parte da força-tarefa criada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) em resposta à série de assassinatos registrada na madrugada de sábado (30). Onze pessoas foram assassinadas em Londrina e região após um policial militar ser morto a tiros por criminosos na zona norte.

A operação policial vai ser coordenada pelo tenente-coronel Hudson Teixeira, que deixou o comando da PM em Londrina no início do ano passado para retornar ao Batalhão de Operações Policias Especiais (Bope), em Curitiba. "Ele conhece bem a cidade e é o mais indicado para comandar esses trabalhos", destacou o secretário estadual de Segurança Pública, Wagner Mesquita, em entrevista coletiva no domingo (31).

Fabio Alcover/Folha de Londrina
Fabio Alcover/Folha de Londrina


O reforço no policiamento começa com cercos, abordagens e blitzes em locais e horários de pico para cumprir mandados de prisão em aberto, apreender drogas e armas e tirar de circulação veículos sem a documentação legal exigida. Os trabalhos serão executados aliados a ações estratégicas com os departamentos de inteligência das polícias para maior efetividade e devem ocorrer, de início, por dez dias.

A força-tarefa também vai contar com o monitoramento por câmeras de segurança instaladas em todas as regiões da cidade. "As imagens de 80 aparelhos, que são mantidos pela prefeitura, já estão sendo enviadas para a nossa Central de Monitoramento, em Curitiba, e serão utilizadas para identificar suspeitos. É importante que todas essas informações sejam cruzadas e, com isso, consigamos evitar novos crimes e elucidar as mortes já registradas", argumentou o secretário.

O Centro de Comando e Controle da Polícia Militar, conforme Mesquita, também vai acompanhar os cerca de 150 presos que estão nas ruas por conta das tornozeleiras eletrônicas e, também, os boletins de ocorrência que são registrados via internet.

Além disso, dois delegados especialistas, também de Curitiba, devem auxiliar os trabalhos da Delegacia de Homicídios, em Londrina, para elucidar os assassinatos. De acordo com o secretário, já foram excluídas as possibilidades de ações de facções criminosas contra policiais do Paraná, mas o motivo dos homicídios ainda são desconhecidos. Mesmo a participação de policiais não está descartada. Ele também afirmou que a chacina ocorrida na madrugada de sábado não tem ligação com ocorrências anteriores em Curitiba ou na região fronteiriça do Paraná.

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