- Eraldo Peres/AP
A presidente Dilma Rousseff
Cotado para assumir o Ministério de Desenvolvimento Social em um
provável governo do vice-presidente Michel Temer, o deputado Osmar Terra
(PMDB-RS) rebateu a declaração da presidente Dilma Rousseff de que
haverá diminuição de programações sociais, como o Bolsa Família, em uma
eventual gestão Temer.
"Vamos manter e aprimorar o programa. Até
porque, com o desastre econômico que Dilma nos proporciona, é bem
provável que aumente o número de famílias necessitadas", disse o
peemedebista em postagem nas redes sociais.
O vice-presidente
Michel Temer pretende reformular as principais vitrines do governo PT
para aumentar os benefícios à camada mais pobre da população, caso
assuma a Presidência se o afastamento da presidente Dilma Rousseff for
aprovado no Senado. O objetivo de um eventual governo Temer na área
social é elevar o padrão de vida dos 5% mais pobres do País, que
correspondem a 10 milhões de pessoas. "É preciso dizer que nem todas as
políticas sociais no Brasil têm seu foco nos grupos sociais mais
carentes", diz o documento "A Travessia Social", formulado pela Fundação
Ulysses Guimarães, do PMDB.
Mais uma vez, a presidente Dilma
Rousseff afirmou neste sábado (7) em comício em Palmas, que o enfoque
nos 5% mais pobres significaria um corte de 36 milhões de beneficiários
do Bolsa Família.
Segundo o deputado, a proposta do PMDB não
fala em diminuição dos recursos do Bolsa Família, nem do número de
famílias que participa dele, mas admitiu que é preciso que o programa de
transferência de renda passe por uma auditoria. "Mas também não podemos
abrir mão de avaliar quem realmente necessita dele, de estimular o
empreendedorismo nas parcelas mais pobres e de mudar a política
econômica retomando o desenvolvimento no Brasil, o que beneficiará a
todos", afirmou.
Terra disse que a presidente fala de um
"universo imaginário", onde o governo dela e do PT é o único que se
preocupa com os pobres. "Ao tentar manipular a opinião pública, ignora
que sua gestão desastrosa quebrou o País, e que, pedalando, reduziu a
renda de todos os brasileiros, inclusive dos mais pobres", disse.
Segundo o deputado, Dilma cortou R$ 20 bilhões dos recursos da saúde
pública neste ano. Além disso, de acordo com ele, a inflação dos três
últimos anos reduziu o poder aquisitivo dos beneficiários do Bolsa
Família pela metade. Ele também citou o "desemprego em massa", que
aumenta o número de miseráveis.
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